Noemi

Tuesday, May 01, 2007

Tecnologias Assistivas x Educação Inclusiva

Atendendo a solicitação da DISCIPLINA: Tecnologias na Educação Especial - Proa 7 sob orientação das PROFESSORAS: Ana Tijiboy e Carla Valenti em publicar no blog o estudo realizado a cerca de um tema dentro do módulo dEFTEC, enquanto CURSISTA, eu Noemi Huth, apresento:Tecnologias Assistivas x Educação Inclusiva

Qual o Conceito:

Tecnologia assistiva representa o conjunto de recursos ou serviços usados para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, visando sua inclusão educacional, social em busca de uma vida independente, autônoma .
Tecnologias assistivas compõem-se de recursos ou serviços utilizados para minimizar as dificuldades cotidianas do portador de deficiência. Entende-se por "Recursos todo e qualquer equipamento ou parte dele, produto ou sistema... utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência.”

O que diz a Legislação:

O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, considera pessoa com deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
1 - Deficiência física: Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
2 - Deficiência auditiva: Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte: de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve; de 41 a 55 db - surdez moderada; de 56 a 70 db - surdez acentuada; de 71 a 90 db - surdez severa; acima de 91 db - surdez profunda; e anacusia.
3- Deficiência visual: Acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações.
4 - Deficiência mental: Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.
5 - Deficiência múltipla: Associação de duas ou mais deficiências.

Classificação das Tecnologias Assistivas

As tecnologias assistivas estão classificadas em categorias, porém esta classificação não é definitiva e pode variar segundo alguns autores. A importância desta está no fato de organizar a utilização, a prescrição, o estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.
1. Recursos de acessibilidade ao computador: Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.
2. Auxílios de mobilidade:
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
3. Auxílios para a vida diária: materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.
4. Adaptações em veículos:
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.
5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade: Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.
6. Adequação Postural: Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
7. Órteses e próteses: Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
8. Sistemas de controle de ambiente: Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto - locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
9. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo:
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado, sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
10. Auxílios para cegos ou com visão sub-normal: Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.
11. Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa: Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

Inclusão escolar e tecnologias assistivas

No cotidiano escolar o uso das tecnologias assistivas se torna cada vez mais necessário, uma vez que estamos vivendo um momento em que o processo devem gradativamente aumentando.
Incluir um aluno é muito mais do que colocá-lo em uma classe regular. Incluir significa proporcionar condições de aprendizagem, oferecendo recursos para que cada estudante desenvolva suas potencialidades dentro de suas especificidades.
O Brasil tem hoje, 640.317 alunos com necessidades educacionais especiais matriculados nas escolas do país, segundo o Censo escolar de 2005 (MEC, 2006), portanto esse não é um problema que possa ser ignorado.
Para atender a demanda de incluídos a escola necessita mudar algumas estruturas como:
Adaptações ambientais, estas envolvem mudanças na estrutura física.
Adaptação postural, torna-se necessário oferecer mobiliário adequado às necessidades do incluído, é preciso pensar em todas as necessidades vitais do mesmo, ofertar a ele material didático adequado ao seu desenvolvimento intelectual para que possa ocorrer o processo de ensino–aprendizagem.
O recurso alternativo para a comunicação oral,com a utilização de pranchas de comunicação ou comunicadores. A independência nas atividades de vida, prática com adaptações simples como argolas para auxiliar a abertura da merendeira ou mochila, ou copos e talheres adaptados para o lanche.

Tecnologias Assistivas utilizadas na interação do ser humano com o computador
Teclados alternativos
São dispositivos de software ou hardware que oferecem alternativa para o acionamento de teclas, simulando o funcionamento do teclado convencional.

Ponteiras de cabeça
Ferramentas que podem ser unidas à cabeça
Para auxiliar no uso do teclado por pessoas
que tenham dificuldades em usá-lo da forma convencional.

Dispositivos apontadores alternativos
Alternativas ao mouse, que facilitam o acionamento de elementos de uma interface gráfica e/ou seleção de seu conteúdo.
Exemplos deste tipo de dispositivos são os acionadores, para serem utilizados com os olhos (eyegaze systems), com os pés e/ou com as mãos.

Ampliadores de tela

São aplicativos que ampliam parte da interface gráfica apresentada na tela do computador e, assim, podem facilitar seu uso por pessoas com baixa visão. Na medida em que ampliam parte da interface, também reduzem a área que pode ser visualizada, removendo informações de contexto. Temos como exemplo de tecnologia assistiva a Lente de Aumento do Sistema Operacional Microsoft Windows e a Lente pro.

Sistemas para entrada de voz
Facilitam a interação com o computador via voz e, assim, podem ser utilizados por pessoas que estejam com a mobilidade dos membros superiores comprometida. Aplicações que podem ser utilizadas amplamente via teclado, também, podem ser acionadas via síntese de voz. Exemplos de sistemas para entrada de voz são o IBM Via Voice e o Motrix.

Leitores de tela com síntese de voz
São aplicativos que facilitam a leitura de informações de texto via sintetizador de voz e, assim, podem ser utilizados por pessoas com deficiência visual, por pessoas que estejam com a visão direcionada a outra atividade, ou até mesmo por aquelas que tenham dificuldade para ler. São exemplos de leitores de telas: Jaws for Windows da Freedom Scientific, Virtual Vision da Micro Power e Monitivox.

Interface Especializada - DOSVOX
É um sistema operacional para microcomputadores que se comunica com o usuário através de síntese de voz viabilizando deste modo, o uso de computadores por invisuais. O sistema "conversa" com o deficiente visual em Português. O DOSVOX vem sendo desenvolvido desde 1993 e foi desenvolvido com tecnologia totalmente nacional (criado pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ), sendo o primeiro sistema comercial a sintetizar vocalmente textos genéricos na língua portuguesa. Tanto o software quanto o hardware são projetos originais, de baixa complexidade e adequados a nossa realidade, possibilitando ao usuário recursos que abrangem desde a edição de textos até utilitários e navegação na Internet .

Impressoras braile
Imprimem, em papel, informações codificadas em texto para o sistema braile. Existem impressoras braile, que utilizam um sistema denominado interpontos, viabilizando a impressão nos dois lados do papel.

Linhas braile
Hardware compostos por fileiras de células braile eletrônicas, que reproduzem informações codificadas em texto para o sistema braile e, assim, podem ser utilizadas por usuários cegos ou pessoas com baixa visão.
Aprofunde seu estudo e conheça os dados do Rio Grande do Sul nesta área, acesse: http://www.assistiva.org.br/ta.php?mdl=pesquisa1&arq=grf1

Dica importante: Escolha Tipo de Instituição Agregada ou Tipo de Instituição Desagregada e clique em Visualizar. Desça com a barra de rolagem, nos Filtros selecione a UF e escolha Rio Grande do Sul depois clique em Visualizar. Aí você terá uma visão das instituições do Rio Grande do Sul ligadas às Tecnologias Assistivas. http://www.assistiva.org.br/ta.php?mdl=textometodo&arq=texto&l=duvidas

Educação Inclusiva
Ao estudar as tecnologias assistivas percebi que estas não estão desconectadas da educação inclusiva, se a entendermos como processo, como melhoria da qualidade das respostas educativas, e no aspecto atitudinal.
Concordo com os autores que afirmam que as discussões em torno da educação inclusiva perpassam pelas reflexões acerca dos seguintes temas: “- O futuro da educação especial, em consonância com a política mundial de educação para todos; - Os desafios enfrentados pelas escolas regulares para que assumam e pratiquem a orientação inclusiva em suas culturas, políticas e práticas”. Desta forma toda a discussão em torno da educação inclusiva deve ocorrer no contexto de uma agenda mais ampla, com foco na educação para todos, e que implica numa escola regular de qualidade. Os desafios dos gestores das escolas regulares e especiais não são poucos, vão para além do foco das dificuldades dos alunos, é preciso entender as limitações dos sistemas de ensino e das escolas. Entendo que o desafio implica numa nova visão de necessidades educacionais especiais dos alunos, das escolas, dos professores e de todos os recursos humanos envolvidos. Precisamos aprender a avaliar aquilo que valorizamos em nossos alunos no processo de aprendizagem em desenvolvimento.
Concluindo penso que no RS estamos vivendo um período de vontade política na busca de soluções e tornar nossas escolas inclusivas. Pois, se está buscando implementar uma educação para todos, tarefa que não depende só dos educadores e das escolas. É preciso articulação entre as políticas públicas para a remoção de barreiras existentes, e isto é tarefa, é ação efetiva de todos nós na garantia do funcionamento de uma escola pública de qualidade.

Fonte de Pesquisa:
Decreto nº 3298/1999
Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes - ONU
Textos: # Educação Inclusiva: do que estamos falando? Carvalho, Edler Rosita - Extraído do site da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo – www.educacao.sp.gov.br/cape/eventos
# Introdução à Tecnologia Assistiva – Bersch, Rita CEDI- Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil Porto Alegre – RS – 2005. http://www.cedionline.com.br/artigo_ta.html

Sunday, December 03, 2006

Auto-Avaliação

Cursista: Noemi Huth
Auto avaliar me considero um desafio, por quê implica em parar e revisar o que realmente se trabalhou, o que se produziu e o que conseguiu aprender. Tarefa não muito fácil, mas que faz parte do processo metodológico ação – reflexão –ação.
Entre outras as situações que destaco relevantes no meu processo de aprendizagem é o estudo sobre mapas conceituais, pois consegui realizar leituras complementares aprofundando meu conhecimento sobre esta teoria. A aprendizagem adotando a teoria dos mapas conceituais representa uma nova forma de aprender, nova forma de avaliar na concepção construtivista. Acho uma forma interessante de trabalhar o processo de construção, de elaboração do conhecimento partindo de um conceito ligado por uma proposição a outro conceito. Na prática de elaboração do mapa conceitual do PA - O Legado da Arte, a medida que foi sendo elaborado novas versões fica evidente a evolução de elaboração de novos conceitos. O tema “O Legado da Arte” tomou uma grande amplitude e que seguramente se continuarmos trabalhando no mesmo, descobriremos muitas outras relações não percebidas até o momento.
Outro estudo que considero relevante ter aprofundado é a teoria piagetiana, bem como, os estudos em torno da educação e cybercultura fundamentado por Peierre Lévy e outros, destacando o papel das novas tecnologias na escola.Importante destacar que são temáticas que foram estudadas, mas que não se esgotaram em si mesmas, pois sempre haverá necessidade de novos estudos na perspectiva de implementação na prática. Noemi Huth

Wednesday, November 08, 2006

HISTÓRIA DE VIDA

Considero interessante registrar uma síntese da pesquisa realizada em grupo sobre o metodo da pesquisa História de Vida.A busca da História de Vida ou biografia de uma pessoa serve para caracterizar a prática de um grupo, reconstruindo a história, trazendo direta ou indiretamente valores, definições e atitudes do grupo ao qual o indivíduo pertence. O método da História de Vida, procura compreender os elementos gerais contidos nas entrevistas e depoimentos das pessoas. Os relatos por mais particulares que sejam, retratam práticas sociais de uma determinada época, inserida no mundo do qual o individuo atua ou faz parte.
O uso da metodologia da História de vida numa pesquisa qualitativa, é uma das modalidades ao qual o pesquisador possui a fonte direta dos dados, é recomendada sua aplicação a fim de comprovar historicamente dados reais. Ela ressalta o momento histórico vivido pelo sujeito(a temporalidade contida no relato individual nos remete ao tempo histórico). A História de Vida é uma das fontes significativas para a realização de uma pesquisa.

TODOS OS REGISTROS DA PRESENÇA DO HOMEM SÃO CHAMADOS “FONTES HISTÓRICAS”
PROCEDIMENTOS(como se faz ou como se deve proceder):
Ao utilizarmos essa metodologia, precisamos inicialmente ter claro o que queremos com a pesquisa, onde buscar tais informações, quem são os envolvidos nesse processo e o que iremos fazer com os dados obtidos.
As investigações de modo geral tem demonstrdo uma aproximação do pesquisador com os sujeitos em estudo, procurando estabelecer uma relação lógica e não impessoal.
O cenários das pesquisas para maior êxito devem ser diversificadas.
Também devem ser respeitadas as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisas com seres humanos ou seja, os participantes do estudo deverão ser informados dos objetivos e até assinar um termo de consentimento, o qual deverá ser elaborado em duas vias, sendo uma entregue ao entrevistado. Na busca dessas informações é importante sempre deixar claro a intenção do trabalho: identificando-se, dialogando, ser verdadeiro.
No caso da entrevista, devemos tomar o cuidado para que ocorra a interação entre o pesquisador e o informante para que o relato seja realizado com prazer, o mais transparente possível. Evitar interferir nas falas do entrevistado, a não ser para esclarecer algum detalhe ou estimular seu dizer.
Para obtenção dos relatos, podemos utilizar como recurso o gravador para gravação das falas, mediante prévia autorização do (os) depoente(s), visando garantir a fidelidade daquilo que é dito durante as entrevistas, procurando manter o anonimato, se for o caso.
As biografias ou histórias de vida podem ser feitas, tomando-se algumas pessoas que se queira escolher, que tenham representado algo de relevante durante a sua vida, ou mesmo, a história da família do(a) aluno(a), ou a história de representantes dos diversos segmentos sociais, dos tipos de profissões, etc. Essas histórias devem ser entendidas dentro de um contexto, isto é, sempre que as fontes forem pessoas da família ou muito próximas a ela, os relatos e informações devem ser contextualizadas. Daí, a importância da busca de outras fontes de informação para estabelecer comparações e analisar este ponto de vista.
OBSERVAÇÃO: A integra da pesquisa encontra-se publicada no PROA6atv4- componentes do grupo:Denise Maria Bonin - Santa Rosa; Eveline de Souza Eberle - Ijuí; Noemi Huth - Ijuí;Vera Frantz - Ijuí

Atualização

Inicialmente considero importante justificar minha ausência no último mes neste espaço, pois o acumulo de trabalho e as demais tarefas me impediram de estar aqui.
Além dos estudos relizados no Proa 7, Proa 4, Proa 5, Proa 6, conclui juntamente com as demais colegas do grupo O Legado da Arte, o texto final.Noemi

Friday, September 29, 2006

HISTÓRIA DE VIDA

Outro estudo que considero significativo ter realizado foi sobre a metodologia de pesquisa História de Vida, entre outros,destaco o texto: Trabalhando com a história de vida: percalsos de uma pesquisa(dora?)disponivel no site:http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/207.pdf
Considero importante o estudo do referido texto para entender a referida metodologia de pesquisa. Em síntese, Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, cuja autora relata a sua experiência na realização da tese de Doutorado pelo método de História de Vida. Descreve a abordagem metodológica, explicitando a técnica para a coleta e análise dos relatos bem como eventuais dificuldades que possam surgir durante a realização da pesquisa. Argumenta que esse método possibilita a aproximação entre o pesquisador e os sujeitos.

ANÁLISE DE PA

Neste mes de setembro entre os desafios que o curso nos colocou, destaco a análise do PA de outros colegas. Esta tarefa foi significativa por que me desafiou a relacionar a teoria construtivista em um processo de criação de mapas conceituais distintos, fato que possibilitou ampliar minha percepção em relação aos PA e dos temas em estudo.

MECANISMOS PERCEPTIVOS

Nas minhas reflexões sobre os Mecanismos Perceptivos registro a seguinte síntese:A atividade perceptiva faz com que a criança memoriza a informação. Penso que precisamos também ter presente as etapas de desenvolvimento do ser humano. Diante destes aspectos considero importante, enquanto professor, estarmos atentos de como nossos alunos estão elaborando a construção do seu conhecimento.Concordo com a Profª Lea Fagundes quando afirma que o processo de elaboração do conhecimento se dá pela atividade perceptiva, pelas significações que colocamos nas ações, sobre os objetos que reconstruímos constantemente nossos sistemas de significações. Fato que no meu ponto de vista, se comprova se olharmos como são retidas pelos estudantes as informações: “10 % do que lêem; 20% do que escutam; 30% do que vêem; 50% do que vêem e escutam; 70% do que dizem e escutam e 90% do que dizem e logo realizam. E aprendemos 1% pelo gosto; 1,5% pelo tato; 3,5% pelo olfato; 11% pela audição e 83% pela visão”. Me parece que são dados preciosos que precisamos considerar em nossa prática pedagógica. Ou não? Noemi

Thursday, September 14, 2006

Acesso ao PROA11

Este é o link de minha página pessoal, para acessar à página criada na Oficina Aplicativos Básicos, do PROA 11. Neste Wiki, contém o registro da realização do inventário dos conhecimentos sobre o uso dos ambientes e as ferramentas trabalhadas.

Venham conhecê-lo, clicando no endereço abaixo:

http://Proa11oficinadeaplicativosinventario01.pbwiki.com/ NoemiHuth

Wednesday, September 13, 2006

Síntese: PROJETOS DE APRENDIZAGEM

Em 02/09/2006, procurei realizar uma sintese dos meus estudos a cerca do trabalho com projetos, com a intenção de organizar e sistematizar um pouco minhas leituras.

Trabalhar com Projetos de Aprendizagem
Trabalhar com Projetos de Aprendizagem implica em termos clareza do que é projeto: Entendo que trabalhar com a metodologia de projetos é percebe - los como fontes de criação, que passam por processos de pesquisa, aprofundamento, análise, depuração e criação de novas hipóteses, colocando em prova a todo o momento as diferentes potencialidades dos elementos do grupo, assim como as limitações. É projetar, é prever, é criar, é ter flexibilidade, é ter espaço para a re-elaboração do pensamento a partir do erro. Para (Gardner, Howard- 1994) “Um projeto fornece uma oportunidade para os estudantes disporem de conceitos e habilidades previamente dominadas a serviço de uma nova meta ou empreendimento”

o que é aprendizagem por projeto:
A metodologia de projetos de aprendizagem é baseada no interesse do aluno instigado por dúvidas, certezas provisórias. Destaca a importância da significação para o aluno, que parte de sua história de vida, de seus valores, interesses pessoais e passa a relacionar e desenvolver competências para formular e resolver problemas. Segundo Lea Fagundes “Quem consegue formular com clareza um problema a ser resolvido, começa a aprender e definir as direções de sua atividade”.
A amplitude no processo de construção dos projetos, faz com que os alunos busquem cada vez mais informações, materiais, detalhamentos, sejam autores de seu processo investigação e de aprendizagem. Os projetos podem facilitar a mediação dos conteúdos:Procedimentais/ Conceituais/ Atitudinais e estabelecer relações Interdisciplinares.

O papel da escola
Tentando interpretar e relacionar o cotidiano da escola com a proposta da pedagogia de projetos, entendo que o desafio da escola é não terminar com a curiosidade que o aluno trás consigo quando ingressa na mesma, mas sim, potencializar esta curiosidade, definir e construir graus de competências.
É preciso ter uma escola em que professores e alunos tenham autonomia, possam pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de conhecimento e ter acesso a novas informações. Ser uma escola em que o conhecimento sistematizado, não seja tratado de forma dogmática e esvaziada de significado. Viabilizar canais de acesso ao saber e estabelecer um elo entre as disciplinas, que possam coordenar, nortear e impulsionar os procedimentos coletivos;
Para que realmente possamos desenvolver o processo de pesquisa e aprendizagem de forma que o aluno aprenda a ver, a pensar, a conviver e a fazer, a metodologia de projetos de aprendizagem precisa fazer parte do Projeto Político Pedagógico da escola, e sua estrutura administrativa e financeira ser concebida para dar o devido suporte a proposta pedagógica.


O Papel do Professor
Ao professor cabe a função de articular, de mediar o processo de aprendizagem e ao professor especialista ser o orientador das especificidades de sua área de saber, desta forma influir no processo de assimilação e construção do conhecimento. O profº ao exercer seu papel de motivador, de mediador, e propiciar as diferentes “situações- problema” juntamente com o educando, vai indicar caminhos, vai ser fonte de estímulos no desenrolar do desenvolvimento de suas competências. Quando se imagina projetos e desenvolvimento de múltiplas inteligências, a riqueza de estímulos é fator fundamental neste processo, bem como a arte de perguntar e também, requer professores interessados e quererem assumir essa prática.


A Pedagogia de Projetos e as TICs
A evolução tecnológica ao logo da história da humanidade esta embasada no conhecimento. As Tecnologias de Informação e Comunicação resultaram da fusão das tecnologias de informação antes referenciadas como informática, e as tecnologias de comunicação relativas às telecomunicações e mídia eletrônica.
A escola tem o desafio de orientar o aluno a saber o que fazer com a informação, de forma a internalizá-la como conhecimento e como fazer para que ele saiba aplicar este conhecimento de forma independente e responsável. Entendo, que um dos caminhos para enfrentar o desafio de inclusão das TICs na Educação é a pedagogia de projetos.
As Tecnologias de Informação e Comunicação ocupam um lugar fundamental no processo de articulação da prática, pois são um suporte de apoio importante frente as inúmeras ferramentas de comunicação disponível, entre outros aspectos fundamentais no processo de elaboração do conhecimento.Noemi Huth-RS

REFLEXÕES SOBRE A APRENDIZAGEM

Analisando as contribuições dos colegas no fórum, percebi a preocupação que existe para que aconteça a aprendizagem, bem como com a forma de viabilizar o processo. Com base em minhas vivências percebo que a preocupação com a aprendizagem está sempre presente, mas para que haja avanços maiores, penso que é necessário mexer na estrutura da escola, investir na formação continuada dos professores e demais segmentos. Pois, o querer mudar e agir dos professores é fundamental e necessário, porém, não é tudo, é preciso o conjunto institucional evoluir, propor e dar a sustentação necessária.
Nas leituras e reflexões realizadas a partir dos textos: Qual é a questão? E Perguntas Inteligentes: O que é isto? Entendi que as autoras afirmam que o que contribui e determina a aprendizagem é quando temos uma questão, uma necessidade para investigar, para saber, para conhecer mais profundamente.Como metodologia a ação a ser desenvolvida precisa ser processual quanto a construção de conceitos e de seu sistema de representação do mundo em que vive. Para tanto a ação necessita ser interativa e desafiadora para a criança e penso que também para o professor, pois só pode se mediar um processo de aprendizagem se nos sentirmos parte do mesmo. Propõe a metodologia de aprendizagem a ser usada em sala de aula entendida e proposta como Projetos de Aprendizagem, com seus pressupostos fundamentados em Piaget. Sugiro que todos façam a leitura destes textos. Noemi Huth - RS

Sunday, July 30, 2006

Primeira Lição para os Educadores

Estudo do texto: Primeira Lição para os Educadores
Rubem Alves
No decorrer do texto o autor denuncia o processo de deformação que acontece com as crianças nas escolas, as dificuldades reais da educação brasileira. Apesar do quadro das dificuldades, destaca as boas iniciativas que acontecem no campo da educação no Brasil. Enfatiza que “educação não se faz com dinheiro. Se faz com inteligência”. Discordo em parte, penso que se faz com ambas, por que só teremos um profº amando o que faz, se tiver bem em relação a condição básica de sobrevivência, com condições de estudar, de se atualizar frente os novos desafios, de ser um eterno pesquisador com paixão pela vida... sem entrar nas questões estruturais necessárias e estão diretamente implicadas nas questões pedagógicas.
Conclui o texto fazendo a relação com o inicio da filosofia da educação. Onde nasce o nosso desejo de conhecer? Para que conhecemos? Como conhecemos? Relaciona estes questionamentos a origem do nascimento dos seres vivos, de uma criança, e afirma que a resposta esta na observação do que acontece na vida de uma criança, dizendo que ”A questão não é ensinar as crianças. A questão é aprender delas.” Noemi huth

A Internet como Objeto de Formação dos Sujeitos Aprendizes.

Estudo do texto:
A Internet como objeto de Formação dos Sujeitos Aprendizes.
Cynthia Rúbia Braga Goutijo
O autor define a Internet “como um sistema mundial de rede de computadores interligados que falam o mesmo protocolo para se comunicarem e interagirem para trocar dados.” Considera a Internet como um recurso importante nos processos pedagógicos fundamentados na interatividade entre a informação e seu usuário . Fundamenta-se em Lévy que chama a interação de “ecologia cognitiva e suas dimensões coletivas “. Defende a idéia que os sujeitos individuais não se contentam em reproduzir ou transmitir idéias institucionais. Mas, que ele as deformam, reinterpretam de acordo com seus interesses, significados e projetos pessoais.
Coloca as tecnologias como instrumentos poderosos para agirem na transformação do conhecimento na dimensão da formação permanente, onde o sujeito é levado a aprender a aprender continuamente, de forma a lidar positivamente coma acelerada transformação da base tecnológica,
O texto aborda ainda, as qualidades e pertinências da Internet no processo pedagógico, entre as quais destaca as de maior relevância:
1- “Promover a integração da tecnologia digital com o processo de aprendizagem;
2- Capacitar os professores na utilização da tecnologia digital para atuarem como facilitadores na interação tecnologia/aprendizagem;
3- Propiciar atividades cooperativas de aprendizagem e descoberta;
4- Auxiliar atividades de pesquisa através da Internet;
5- Criar comunidades multiculturais de prática e de interesses especiais.”
Deixa claro que as mudanças possíveis a partir das tecnologias perpassam pela idéia central de uma nova postura e atitude diante do conhecimento. Em síntese, defende a idéia de que o ponto de partida e de chegada do processo de transformação está centrada no diálogo e na ação. Noemi Huth

Naufrágio Curricular

Estudo do texto: Naufrágio Curricular
Cláudio Moura Castro
O autor, com muita propriedade faz uma reflexão a cerca do excessivo volume de informações que é trabalhado nas escolas, sem que de fato haja o necessário tempo para que aconteça a aprendizagem.
Defende a idéia de que a aprendizagem acontece quando podemos pensar usando o que foi aprendido. Questiona qual a educação que queremos, se queremos ter uma população que lembra ter estudado as mais diversas teorias mas não sabe nenhuma, ou ter uma população que saiba ler e interpretar o manual de instrução. Exemplificando, frente o volume de informação disponível, é preciso que tenhamos cidadãos preparados para decidir o que buscar e usar bem o que encontrou. Isto só é possível para aqueles cidadãos que aprenderam a articular seu raciocínio para fazer as relações entre teoria e prática. Em síntese, reforça a prática de trabalhar o currículo contextualizado, partindo de situações significativas para os sujeitos envolvidos. Noemi Huth

Não Esqueça as Perguntas Fundamentais

Estudo do texto: Não Esqueça as Perguntas Fundamentais
Rubem Alves
O autor trabalha com metáforas onde compara a escola com jaulas de macacos. Considero bem pensada esta simbologia para refletirmos sobre a prática das salas de aulas. Conclui a reflexão afirmando a importância de formularmos perguntas essenciais como:" Por que é assim? Para que serve o que se estuda ou faz? Poderia ser de outra forma? Que alternativa existem para darmos conta da razão fundamental da escola?" A metáfora com que conclui o texto, entendo que nos remete a pensar afinal qual a razão essencial da escola? E enquanto educadores como estamos agindo?... Noemi Huth

Projeto de Aprendizagem / Planos de Estudos

Contribuição para o Fórum sobre projeto de aprendizagem?

A discussão desencadeada pelo Alexandre e a Ligiane no Fórum a cerca dos planos de estudos é pertinente, concordo com a Ligiane em todas as suas argumentações, pois frente a legislação educacional vigente, temos autonomia para construir a escola que queremos e precisamos. Porém, para este sonho se realizar é preciso haver um maior comprometimento no pensar das Propostas Político Pedagógicas das escolas. Este comprometimento se consegue a medida que o professor planeja junto, se envolve na execução, avalia e replaneja junto, desta forma conseguiremos avançar num trabalho mais qualitativo e prazeroso. Esta é uma face, a outra implica na gestão comprometida que exige postura pedagógica da equipe diretiva frente os desafios que a gestão da escola nos apresenta. Implica também, mexer nas questões estruturais de tempo, espaço, recursos ... Para se concretizar as mudanças necessárias, é necessário investirmos em formação continuada e planejamento coletivo, com metas de curto, médio e longo prazo. No meu entender estas são questões que tendem a colocar a educação num patamar de maior respeitabilidade. Noemi Huth

Proposta de nova versão para o mapa conceitual